terça-feira, 21 de setembro de 2010

Extravazamento de leucócitos e fagocitose

1. Marginação de leucócito, rolamento e adesão ao endotélio. Para que isso ocorra é necessario a ativação do endotélio.
2. Transmigração (DIAPEDESE)
3. Migração nos tecidos intersticiais em direção ao estímulo quimiotático.

Marginação- Aumento de leucócitos na superfície vascular pelo aumento de hemácias e diminuição da velocidade de fluxo

Rolamento- "Saltos" de leucócitos pelo endotélio se sderindo transitoriamente a ele;

Adesão Fraca- Adesão dos leucócitos pelas glicoproteínas do tipo Mucina nas Seletinas liberadas pelo endotélio;

Adesão Forte- Adesão dos leucócitos pelas LFA com superfamília das imunoglobulinas (ICAM) liberadas pelo endotélio;

Transmigração(Diapedese)- Após a adesão dos leucócitos no endotélio, esses começam a produzir enzimas fazendo pequenas orifícios na membrana basal no vaso. Por esse orifício os leucócitos vão passar utilizando a mudança no citoesqueleto para formar podócitos;

Movimentaçaõ dos leucócitos até as células lesadas- A mvimentação se dá pelos estímulos quimiotáticos (agentes exógenos ou endógenos. O mais comum são produtos bacterianos). Os agentes quimiotáticos se ligam à proteína G que estimula a fosfolipase A2 e proteíno quinase C, aumentando a concentração de  cálcio que ativam GTPases, gerando energia para citoesqueleto formar os pseudópodes;

Ativação Leucocitária
-Produçaõ de Ácido Aracdôrnico
-Desgranulação e secreção de enzimas lisossomiais e ativação do surto oxidativo
-Secreção de citocinas
-Modulação das moléculas de adesão leucocitárias

FAGOCITOSE
1. Reconhecimento e ligação da partícula a ser ingerida pelo leucócito.
2. Captura do agente (englobamento)
3. Degradação do fagossomo pelo lisossomo

Se o neutrófilo não conseguir fagocitar a célula por nçao reconhecimento, anticorpos se ligam à bactéria fazendo com que o neutrófilo reconheça o anticorpo e fagocite-o levando a bactéria por tabela.

TÉRMINO DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA AGUDA
Ocorre retirada do agente, reposição do tecido necrosado e absorção dos mediadores químicos da inflamação.

Inflamação Aguda

É uma reação complexa, e é causada pela lesão celelar, normalmente necrose. A inflamação e causada pelas células vivas ao redor da célula danificada. Tem como objetivo, destruir, eliminar e reparar a célula lesada.
A inflamação consiste em uma reação vascular e uma reação celular.

Características: Duram minutos, causa dor, hipertermia local, hiperemia e edema.
As reações vasculares e celulares da inflamação aguda são mediadas por fatores químicos produzidos ou ativados pelo estímulo inflamatório. Saão os mediadores químicos da inflamação.



Processos da Inflamação Aguda:
>Alterações estruturais na microcirculação que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação;
>Emigração dos leucócitos da microcircilação para o local da lesão e sua ativação para eliminar o agente nocivo;
>Aterações no calibre vascular que levam a um aumento de fluxo sanguíneo.

Transformações VASCULARES:
- Vasoconstricção momentânea para evitar hemorragia. Seguida de uma vasodilatação para aumentar o fluxo sanguineo que é a causa da hipertemia e hiperemia.
- Aumento da permeabilidade com extravasamento de líquido rico em proteínas. A perda da proteína do plasma reduz a pressão osmótica no fuido intersticial, associado ao aumento da pressaõo hidrostática, que ocorre devido ao aumento do fluxo sanguíneo (edema). Saída de proteínas plasmáticas devido a formação de fendas no endotélio vênular pela contração do endotélio e lesão do endotélio nas arteríolas, capilares e vênulas. São causadas por toxinas, queimaduras, trauma e substâncias químicas.
- Perda de liquido resultando em viscosidade do sangue pela hemoconcentraçaõ devido à menor velocidade do fluxo sanguíneo. Causando estase.
- Diapedese dos leucócitos(neutrófilos) para o local da lesão.

OBS:
Exsudato- Fuido inflamatório que possui alta concentração de proteínas, neutrófilos.
Transudato- Fluido de pequeno teor protéico.
Edema- Signifa excesso de fluido no interstício ou nas cavidades serosas. Ele pode ser um exsudato ou transudato.
Pus- Exsudato purulento rico em Neutrófilos e células mortas.

ESTÍMULOS PARA INFLAMAÇÃO AGUDA
- Infecções e toxinas microbianas
- Trauma
- Agentes Físicos e Químicos
- Necrose
- Corpos estranhos
- Reações Imunológicas


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Óxido Nítrico

O óxido nítrico (NO) é um radical livre gasoso, inorgânico, incolor, constituindo um dos mais importantes mediadores de processos intracelular e extracelular. É altamente lipofílico, sintetizado pelas células endoteliais, macrófagos e de alguns neurônios do cérebro. É também produzido por várias espécies celulares incluindo células epiteliais, nervosas, endoteliais e infamatórias. Na natureza, pode ser formado em altas temperaturas, por nitrogênio e oxigênio combinados, e sua maior produção natural é feito pelo relâmpago que libera o óxido na atmosfera e mais tarde, converte-se em ácido nítrico causando chuvas ácidas. 
Esse óxido é utilizado no relaxamento do músculo liso da parede do vaso dilatando-o, aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo a pressão arterial. As células do sistema imunitário, denominadas macrófagos, produzem óxido nítrico para combater bactérias. E ainda, possui funções neurotransmissoras das células nervosas agindo em todas as células adjacentes.

Edema

Um edema é o aumento de fluido intersticial em qualquer órgão, provocando inchaço. De modo geral a quantidade de fluido intersticial é determinado pelo equilíbrio da homeostase de fluidos.
Quando há desequilíbrio entre a pressão hidrostática e oncótica pode-se formar edema. Assim, o edema pode ser devido a cinco causas patológicas: pressão hidrostática elevada, pressão oncótica reduzida, obstrução linfática, retenção de sódio ou inflamação.


Mecanismo do edema
A geração de fluido intersticial depende do equilíbrio entre a pressão oncótica hidrostática, as quais agem em direções opostas pelas paredes semi-permeáveis dos capilares. Desta forma, qualquer coisa eleve a pressão oncótica fora dos vasos sanguíneos, como por exemplo uma inflamação, ou reduza a pressão oncótica, como por exemplo cirrose, causará edema.

A elevação da pressão hidrostática dentro dos vasos sanguíneos, por exemplo insuficiência cardíaca, terá o mesmo efeito. Se a permeabilidade das paredes dos capilares aumentar, mais fluido tenderá a escapar dos capilares, o que pode acontecer quando há inflamação.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Abscesso




Os Abscessos são coleções de pus geralmente causadas por infecções bacterianas. As bactérias que invadem o corpo são atacadas pelos glóbulo brancos do sangue (leucócitos) e as células mortas neste combate terminam formando o pus.
Os abscessos são bastante comuns em diabéticos, por isso pessoas com abscessos recorrentes ou dificuldade de cicatrização devem fazer exames de sangue para pesquisar esta doença.
As principais manifestações de um abscesso são vermelhidão, inchaço (edema) e dor no local. Estes sintomas pioram à medida em que o abscesso distende a área e procura romper através da pele. A dor decorre da pressão do pus sobre terminações nervosas e o desconforto é aliviado quando o abscesso se rompe ou é drenado.
Os abscessos internos geralmente se acompanham de febre, dor local e desânimo. Podem ocorrer ao redor de um dente, na mama, nos ossos, no fígado, na vagina, no apêndice ou na área anal






Úlceras

Uma úlcera é um defeito local, ou escavação, da superfície de um tecido ou órgão, produzido pela esfoliação (descamação) do tecido inflamatório necrótico. A ulceração ocorre somente quando a necrose tissular e o processo inflamatório resultante ocorrem e uma superfície ou próximo a ela. Ela ocorre mais frequentemente: (1) na necrose inflamatória da mucosa da boca, estômago, dos intestinos ou do trato genitourinário; e (2) inflamação subcutânea das extremidades inferiores e pessoas idosas com distúrbios ciurculat´rios que os predispõe a necrose extensa.
As ulcerações são melhor exemplificadas pela úlcera péptica duodenal ou gástrica, na qual coexistem as inflamações aguda e crônica. Durante o estágio agudo, existe um filtrado polimorfo nuclear intenso e vasodilatação nas margens do defeito. Com a cronicidade, as margens da base da úlcera desenvolvem proriferação fibroblástica, cicatrização e acúmulo de linfócitos, macrófagos e plasmócitos.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Endometriose

Endométrio  é o tecido que envolve a parede interna do útero, o qual se descama (se renova) cada vez que a mulher entra no período menstrual. Nomalmente este tecido é expelido e por teoria, visto que não se sabe porque, esse tecido acaba fazendo o caminho inverso, indo parar na cavidadeabdominal ou então, há crescimento deste tecido em outros locais que não o útero. Endometriose então, é a presça de endométrio em locais fora do útero.
A endometriose só afeta mulheres em idade reprodutiva e pode causar muita dor e infertilidade. Dependendo onde vai parar esse tecido, pode ser mais ou menos dolorido. É mais comum nos ovários, tubas uterinas e na superfície externa do útero e intestinos, bem como no tecido de revestimento da cavidade pélvica. Também pode ser encontrada no fígado, vagina, cicatrizescirúrgicas e até mesmo nos pulmões ou cérebro. Em geral, são implantes benignos (ao contrário do câncer).
Não se sabe o porque deste tecido se deposita em outros locais que não o útero.
O sintoma mais conhecido desta doença é a dor pélvica e a infertilidade. Nos períodos onde há mestruação, esse tecido também sangra como o nosso útero, pelo aparecimento dos hormônios. Outros sintomas, são a dor ao urinar, dor lombar, dor pélvica e dor durante ou depois o ato sexual.
O Tratamento depende da idade da paciente, caso ela esteja em idade reprodutiva e deseja ter filhos. Em geral o tratamento é hormonal (pílula ou injeção), ou seja, a interrupção do ciclo menstrual através de uso de hormônios ou interrupção das funções do ovário. Esse tratamento é apenas paliativo, o que resolve mesmo é a cirurgia para a remoção deste tecido.
O Diagnóstico é feito através de laparoscopia procedimento cirúrgico ambulatorial onde uma câmera é inserida na cavidade abdominal através do umbigo, permitindo identificar as lesões e determinar a extensão da doença. A retirada de um pequeno fragmento de tecido suspeito (biópsia) para a realização de um exame dará o diagnóstico.
A endometriose acomete cerca de 10% das mulheres, sendo um dos assuntos mais discutidos em congressos mundiais e se trata de uma doença que leva a mulher a depressão, devido as dores que enfrenta.
É uma ssunto muito sério, pois muitas vezes a endometriose não é diagnosticada corretamente e o uso de analgésicos muitas vezes não surtem o efeito desejado. Algumas mulheres vão parar em psicólogos, pois acham que sua dor e depressão, são inventadas.
A endometriose também pode ser uma doença silenciosa, ou seja, pode não causar dor.
É importante a mulher estar sempre em contato com seu ginecologista e realizar exames de rotina, visto que a doença pode não ser visível. Qualquer sangramento anormal ou cólicas muito fortes, devem ser sempre tratados com cuidado, por isso é sempre recomendado visitar o seu médico.

Envelhecimento Celular

O organismo responde ativamente aos estímulos do seu meio adaptando-se rapidamente a novas circunstâncias.
Os componentes fundamentais da célula, como o DNA, proteínas e lipídios são protegidos, para que todo o funcionamento seja garantido. Quando o sistema que mantém a homeostase celular entra em declínio, inicia-se o processo de envelhecimento, ocorrendo envelhecimento da codifi cação do DNA, deterioração progressiva na síntese de proteínas e também de outras macromoléculas. Várias teorias tentam explicar as causas do envelhecimento, como a teoria genética, telomérica, imunológica do envelhecimento e também da ação dos radicais livres. Os radicais livres atuam no processo de envelhecimento, pois atingem direta e constantemente células e tecidos, que possuem ação acumulativa. Se, no organismo, ocorre um desequilíbrio entre os agentes oxidantes e pró-oxidantes, ocorre um acúmulo de radicais livres, levando a célula à morte. O envelhecimento é um processo deteriorativo progressivo e irreversível, havendo uma grande probabilidade de morte seja não só de uma célula, como do tecido, do órgão ou até mesmo de um indivíduo.

O processo do envelhecimento é um processo progressivo e deteriorativo, e a conseqüência final desse
processo é a morte das células, tecidos, órgãos ou até mesmo um organismo.

Calcificações Patológicas


Calcificações Distróficas e Matastáticas

Alguns tecidos do nosso corpo são necessariamente mineralizados com deposição normal de cálcio como os tecidos dos ossos e dos dentes, no entanto algumas deposições patológicas acontecem em outros órgãos em algumas situações provocadas por um problema sistêmico ou local.
Quase 99% do cálcio presente no nosso corpo esta localizado no tecido ósseo e nos dentes o restante fica armazenado nas mitocôndrias, no sarcoplasma das células musculares e uma pequena quantidade fica circulando no sangue o que é chamado de calcemia. O cálcio circulante na corrente sanguínea não se deposita nas células por que nossas células se protegem dessa deposição não deixando assim formar calcificações em locais indesejados. O excesso de cálcio do corpo é eliminado nas fezes e na urina para que haja uma homeostase do cálcio.
Existe deposição de cálcio em células sadias chamadas deposições matastáticas e em células lesionadas nas chamadas deposições distróficas.




Calcificações Distróficas

Como foi dito anteriormente as células do nosso corpo conseguem se proteger da presença de cálcio impedindo a calcificação, porem em casos que há lesão, e perda da homeostase celular essa autoproteção fica afetada formando assim acúmulos de cálcio em tecidos lesionados. O processo de calcificação distrófica ocorre em duas etapas, a primeira é intracelular na mitocôndria da célula morta ou lesionada onde ocorre a acomodação dos hexágonos de hidróxiapatita tumeificando a mitocôndria, e a segunda fase extra celular ocorre em estruturas chamadas vesículas de matriz formadas a partir de células degeneradas onde fosfolipidios ácidos agem como captadores de cálcio precipitando o acumulo dos hexágonos de hidróxiapatita formando assim as calcificações distróficas.
Esses acúmulos são comumentes encontrados na parede dos vasos esclerosados nas áreas de necroses antigas e não reabsorvidas, como na linfadenite caseosa da tuberculose nos infartos antigos ao redor de parasitos e larvas mortas, na necrose enzimática gordurosa da pancreatite, nos abscessos crônicos de difícil solução e em trombo venoso crônicos etc.