quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que é cirrose hepática


Na cirrose hepática o tecido fibroso substitui o normal e saudável do fígado, bloqueando o fluxo sanguíneo através do órgão e o impedindo de trabalhar apropriadamente. A cirrose hepática é a décima-segunda causa de morte por doenças nos Estados Unidos, matando em torno de 26 mil pessoas por ano. Os custos da cirrose são altos em termos de sofrimento humano, despesas hospitalares e perda de produtividade.

Causas da cirrose hepática


A cirrose hepática tem várias causas, sendo que as principais são alcoolismo crônico e hepatite C.

Problemas no fígado decorrentes do álcool.

Para muitas pessoas a cirrose hepática é sinônimo de alcoolismo crônico, porém ele é apenas uma das causas. A cirrose hepática devido ao alcoolismo geralmente desenvolve-se depois de mais de uma década de muito consumo de bebidas. A quantidade de álcool que pode lesionar o fígado varia bastante de pessoa para pessoa. Nas mulheres somente três drinks por dia poderiam ocasionar cirrose, já em homens esse número costuma ser de três a quatro drinks. O álcool parece causar problemas no fígado ao bloquear o metabolismo normal de proteínas, gorduras e carboidratos.

Hepatite C crônica.
O vírus da hepatite C é, juntamente com o álcool, a maior causa de problemas crônicos no fígado e cirrose hepática no ocidente. A infecção pelo vírus causa inflamação e danos ao fígado, que ao longo de décadas pode ocasionar em cirrose hepática.

Hepatite B e D cônica.
O vírus da hepatite B é provavelmente a maior causa de cirrose hepática no mundo, porém é menos comum no ocidente. A hepatite B, assim como a C, causa inflamação no fígado e lesão ao longo de várias década que podem ocasionar a cirrose hepática. Hepatite D é outro vírus que infecta o fígado, porém somente em pessoas que já tiveram hepatite B.

Hepatite auto-imune.

Essa doença parece ser causada pelo ataque do sistema imunológico ao fígado e resulta em inflamação, danos e eventualmente fibrose e cirrose.

Doenças hereditárias.
Algumas doenças hereditárias podem interferir na forma pela qual o fígado produz, processa e armazena enzimas, proteínas, metais e outras substância que o organismo precisa para funcionar apropriadamente.

Esteatohepatite não alcoólica.
Na esteatohepatite não alcoólica gordura acumula-se no fígado e eventualmente causa cirrose. Esse tipo de hepatite parece estar associada com diabetes, falta de proteínas, obesidade, doença na artéria coronária, e tratamento com medicamentos corticosteróides.

Dutos biliares bloqueados.
Quando os dutos biliares que levam a bile para fora do fígado são bloqueados, ela retorna e danifica o tecido do fígado.

Medicamentos, toxinas e infecções.
Reações severas a medicamentos, exposição prolongada a toxinas do ambiente, infecção parasítica esquistossomíase, e ataques repetidos de insuficiência cardíaca e congestão do fígado também podem ocasionar cirrose.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Regeneração

A regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis, isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.); por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido. Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais.
As fases da regeneração incluem um momento em que há destruição das células lesadas e inflamação, seguido por intensa proliferação (respectivamente, fases de destruição e progressão).
O epitélio (pele) se regenera rápida e facilmente quando destruído. Células hepáticas (fígado), o tecido ósseo, tem alto poder de regeneração. As células do músculo liso, são capazes de regenerar em resposta a fatores quimiotáticos (que atraem outras células) e mitogênicos (que promovem mitose). Já o músculo estriado é frequentemente classificado como permanente, incapaz de regeneração. Todas as variedades de tecido conjuntivo são capazes de se regenerar, mas em diferentes níveis de capacidade. O tecido nervoso periférico tem baixo poder de regeneração, mas pode se recompor diante de algumas agressões, já no tecido nervoso central os neurônios não podem ser regenerados.

Cicatrização

Cicatrização é o nome dado ao processo de reparo, o qual se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa.
Para muitos, o processo de cicatrização é considerado um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância. Realmente, na inflamação, o reparo se faz presente desde a fase aguda. O reparo também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, por ressecção cirúrgica, etc.

FORMAS de CICATRIZAÇÃO


As forma de cicatrização podem ser: primária, secundária ou primária tardia.

CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA

Advém da sutura por planos anatômicos. Na cicatrização primária não há perda tecidual.
Pode ocorrer complicações como isquemia peri-sutura em decorrência de técnica inadequada, presença de corpo estranho, coleção de líquidos, hematomas e infecção superficial. Esses fatores poderão evoluir à deiscência de sutura cirúrgica.

CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA

Quando a evolução cicatricial da ferida é espontânea chama-se secundária.

CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA TARDIA

Às vezes, para acelerar o processo de cicatrização secundária pode-se realizar aproximação das bordas da ferida com pontos de sutura simples. Tal procedimento é denominado cicatrização primária tardia.
Fisiologicamente, o mecanismo de cicatrização é o mesmo, variando na duração do processo e nos resultados estético-funcional, que são melhores na cicatrização primária.

Fibrose

Fibrose é a formação ou desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, com a formação de tecido fibroso como um constituinte normal de um órgão ou tecido.




Doenças Relacionadas a Fibrose:



  • Fibrose cística do pâncreas e pulmões;
  • Tuberculose pode causar fibrose nos pulmões;
  • Fibrose mediastínica;
  • Fibrose retroperitoneal;
  • Fibrose proliferativa, Fibrose neoplásica;
  • Cirrose pode resultar de uma fibrose no fígado;
  • Anemia falciforme pode causar aumento e até fibrose do baço;
  • Endomyocardial fibrosis, cardiopatia idiopatica;
  • Fibrose pulmonar idiopatica;
  • Diffuse parenchymal lung disease;
  • Fibrose massiça progressiva, uma complicação relacionada a trabalhadores de minas de carvão' silicose pulmonar.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Esteatose







É a disposição de gorduras nêutras (mono, di ou triglicerídeas) no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. É comum no fígado, epitélio tubular renal e miocárdio, múasculos esqueléticos e pâncreas.

O que causa a esteatose?

Agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética.

Aspectos morfológicos
Os órgãos com esteatose apresentam aspecto morfológico variável:
No fígado: Aumenta de volume e peso (pode atingir 3kg), consistencia diminuida e coloração amarelada.

No coração: Pode ser difusa (na miocardite diftérica) o órgão fica pálido e com consistencia diminuída.
Hipoxia prolongada: aparece em faixas amareladas visiveis atravéz do endocárdio.

No rim: aumento de volume e peso, coloração amarelada.

Sistema Complemento na Inflamação

o sistema complemento é formado pelo conjunto de 11 proteínas diferentes, que estão presentes no interstício sob forma inativa. Essas 11 proteínas são indicadas pela letra "C" acompanhada de um número (de 1 a 9; a C1 é formada por três subunidades). Quando ativadas, essas proteínas podem provocar, dentre outros efeitos, citólise (rompimento da membrana citoplasmática de células), liberação de enzimas que atuam nos vasos, liberação de substâncias quimiotáticas para neutrófilos e liberação de histamina por atuação nos mastócitos. Portanto, sua atuação é, por excelência, de um mediador químico da inflamação. 

Os mecanismos de ativação dessas proteínas ainda não são conhecidos totalmente, mas se sabe que, uma vez ativada uma proteína, as demais também são acionadas em cascata. São conhecidos dois mecanismos de ativação: um pela proteína C1 (considerada a via clássica de ativação) e outro pela C3 (denominada via alternativa). A C1 é ativada pela ação de imunoglobulinas (proteínas que formam os anticorpos) do tipo M e G. A ação dessas imunoglobulinas sobre o sistema complemento constitui uma forma de ampliação do sistema imune. Já a proteína C3 é ativada por inúmeras vias, dentre elas lipopolissacarídeos de alguns microorganismos e complexos formados pela imunoglobulina do tipo A. Essa via, diferentemente da clássica (pela C1), não interfere diretamente no sistema imunológico, mas consiste em um excelente mecanismo de defesa contra microorganismos, principalmente bactérias Gram-negativas e alguns fungos. 

Vale dizer que a ativação do sistema complemento, além dos efeitos já citados, pode favorecer a atuação do sistema de coagulação e do sistema de cininas, sistemas esses que também contêm elementos considerados mediadores químicos da inflamação. 

Um outro ponto importante a ser considerado é que o sistema complemento atua tanto nos mecanismos imunológicos quanto inflamatórios. Há quem diga que ambos os mecanismos, na verdade, constituem um único sistema de defesa; inflamação e imunologia seriam assim uma única coisa, apesar de terem modelos teóricos de análise, até certo ponto, distintos. O sistema complemento constitui um bom exemplo de intersecção entre dois sistemas cujo efeito biológico é o de defesa.